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O blog O Incrível Conto Splendoor foi criado em 12/10/2009 por Zizibs.

Este conto partiu da ideia desta quando combinou escrever uma história no PC com personagens retirados da imaginação de outras pessoas (a maioria delas se encontra no xat do animerda/otakudificador).

As fichas dos personagens encontram-se no tópico "Fichas" na comunidade do conto. Já existem 20 personagens inventados, por isso as inscrições foram canceladas, para não sobrecarregar o trabalho que é narrar a chegada de todos à trama principal que é a busca por uma porta lendária que transforma a vida de quem a atravessa para melhor, como assim dizem.

Espero que divirtam-se com a leitura e continuem visitando o site!

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09/12/2009

O Incrível Conto - Splendoor #20

 Província de Nodya, ano 3801, dia 05, 18h11min

 Estalos. Ouviam-se estalos por todo lugar. Eram gotas de chuva que caíam por ali, sem anunciar o final do tempo fechado. Afinal esse já era o terceiro mês consecutivo de chuvas, acompanhado de poucas tempestades. As ruas estavam ensopadas desde então, e todos usavam barcos para transportar-se.
 Um bando de cachorros abandonados brigava entre si e deformavam as figuras nas poças d’água. Ninguém mais suportava aqueles respingos do dilúvio.





 E do alto de um obelisco - construído há cerca de oitocentos anos – dependurava-se um jovem rapaz pensativo. Os que passavam de barco tentavam alertá-lo de que a chuva o faria ficar doente. A resposta que todos recebiam era sempre a mesma: “-Não vou me molhar”.
 Todos ali achavam aquele menino maluco. Os olhos não eram normais: o castanho misturado a uma cor escura mais uma órbita cheia de brilho – o que certamente chamava a atenção dos moradores daquela cidade.

 O menino enfim desceu de lá de cima e mostrou-se satisfeito pela vista do local: perto, tudo era água. Mas a visão de longe – um pôr-do-sol de dar inveja que se recobria nas montanhas com uma fina camada de névoa – fazia com que o espírito de Haru se acalmasse.

Era um “espadachim sem espada” – modo como ele nomeara-se desde que perdera a arma durante uma missão – e que não usava armadura. Não bastasse isso, usava em sua cabeça um tipo de chapéu feito à mão que tampava metade da cabeça.
 Quanto ao semblante, era calmo como as águas que corriam por aquela cidade em que estava.

 Ele continuou ali, pensando, por mais alguns segundos e resolveu descer num pulo. Antes de cair e ficar ensopado, uma surpresa:
Haru sabia utilizar técnicas especiais do fogo, e conjurou uma ponte em chamas para si entre um barco e outro. Todos o olharam como se nunca tivessem visto magia antes – o que, de fato, era a verdade.

-Moço, o que é isso aí? – Uma menininha estava num barco próximo do caminho de Haru e o olhava admirada.
-Isso é fogo mágico.
-E não queima? – A pequena esticou o braço, tentando descobrir a resposta para sua pergunta. A mãe dela notou o perigo das chamas e a afastou logo de Haru.
-Venha, essas chamas diabólicas não são confiáveis!

 Logo, todos haviam se afastado de Haru por conta do medo. O garoto continuou sua viagem sem se preocupar e seguiu para a saída de Nodya, cuja caminhada para o próximo destino levou cerca de 35 minutos. À medida que andava, Haru via que a chuva engrossava mais.
 Quando a chuva tornou-se tempestade, a ponte parecia não aguentar mais e cedeu. Haru então conjurou uma magia e procurou usar as chamas para uma travessia seca, como antes. Ele sabia que usar magia de fogo tantas vezes em um dia o desgastaria, porém estava com pressa.

 Existia uma pessoa com quem Haru precisava se encontrar. Um amigo bem próximo que lhe faria um favor em troca de outro – isso era tudo o que Haru sabia – e que se localizava depois de Fars, uma grande colina de rochas que no passado era de uma altura tão impressionante que todos diziam ser a “travessia para os céus”. Agora, era só um punhado de pedras quebradas pela força de trovões e raios que a tempestade trazia consigo.
 O objetivo de Haru era recuperar seu posto como espadachim – e, para isso, ele teria de arranjar uma nova espada – e mais uma vez lutar por sua honra contra o guerreiro que o desafiara e que o havia vencido.

 Acontece que Fars situava-se em um lugar pouco conhecido, no final de um pântano extremamente tomado de animais selvagens, sendo a maioria constituída por espécies nunca vistas ao redor do mundo. Em suma, era um local muito difícil de se achar e de sair.
 Haru era um rapaz jovem – considerado um verdadeiro prodígio para sua raça de guerreiros experientes em magia e manuseio de espadas – e não era impaciente. Pelo contrário, mantinha-se calmo sob qualquer circunstância e não hesitava em ferir os inimigos.
 Sua única fraqueza parecia ser a ingenuidade, ou a facilidade para cair em truques que exigem a confiança cega em outras pessoas. Também possuía pena de criaturas inferiores e que correm riscos para protegerem a si e suas crias.
 Mas o que Haru definitivamente não suportava era algo bem simples e que parecia persegui-lo desde sempre: a chuva. A água em abundância que lavava as pessoas dia e noite, durante meses, era um total aborrecimento para Haru.   
 Seus cabelos lisos e castanhos estavam sempre molhados, pregados à testa pequena de Haru. Seus trajes pareciam sempre carregar um oceano em si e o chão era sempre escorregadio. Para alguém que domina o fogo, passar por províncias alagadas era um pesadelo.

 -Vamos ver, depois de Nodya... – Haru escondera-se embaixo de uma árvore grande para ler um mapa -...Província de Sulet. Ah, estou chegando bem perto...

O garoto sentia-se satisfeito por ter ultrapassado mais uma pequena província. Em três dias – tempo estimado por exploradores natos – Haru estaria finalmente em Fars. Mas antes ele teria que descansar para a batalha que estava por vir.

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