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O blog O Incrível Conto Splendoor foi criado em 12/10/2009 por Zizibs.

Este conto partiu da ideia desta quando combinou escrever uma história no PC com personagens retirados da imaginação de outras pessoas (a maioria delas se encontra no xat do animerda/otakudificador).

As fichas dos personagens encontram-se no tópico "Fichas" na comunidade do conto. Já existem 20 personagens inventados, por isso as inscrições foram canceladas, para não sobrecarregar o trabalho que é narrar a chegada de todos à trama principal que é a busca por uma porta lendária que transforma a vida de quem a atravessa para melhor, como assim dizem.

Espero que divirtam-se com a leitura e continuem visitando o site!

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03/03/2010

O Incrível Conto - Splendoor #27

 Ilha Road Trap, ano 3802, dia 30, 07h06min

 - Essa brisa é muito boa. – Grakas levantava-se para a batalha e parou um momento, como se estivesse orando.





 Ele e Anabelle seguiram para a cabana cautelosos, esgueiraram-se para perto da janela dos fundos e tentaram observar o ambiente lá dentro. Nos fundos havia um tipo de espaço cheio de caixas enormes – talvez algum contrabando – e o cômodo seguinte era notavelmente uma cozinha – a fumaça da chaminé vinha de lá.
 Com um clique a porta se abriu para Grakas, e ele percebeu que os moradores não temiam estranhos nas redondezas. Ele fez um sinal para Anabelle e entrou primeiro. Em seguida, foi tateando a parede silenciosamente até ver o corredor, a cozinha, o cômodo de entrada.

 - Fique. – A ordem de Grakas fora obedecida, e Anabelle o esperou apreensiva, tentando localizar seu avô. Sentiu que devia prosseguir, mas decidiu esperar mais um pouco.

 Mas o guerreiro reapareceu e sorriu de leve. Ao chegar mais perto, disse para a moça que seu avô estava preso na cozinha.
 - E onde estão...
 - Não vi ninguém. – De repente, eles ouviram um barulho vindo da porta da frente e se escondem atrás das caixas de contrabando.
  Um homem alto de cabelos negros e um pouco embaraçados andou pela cabana em busca de intrusos. Como não achou nada, deu as costas e voltou para a porta. Lá, dois homens o aguardavam – um deles andava mancando, tinha olhos claros e uma barba enorme, já o outro era de baixa estatura e tinha muitos músculos e cabelos castanhos alaranjados – Todos muito mal encarados e com olhares ameaçadores.
 - O velho não fugiu? – Perguntou o barbudo.
 - Não, está dormindo na cozinha. – O de cabelos negros olhou com desdém para o cômodo e cuspiu no chão.
 - Droga, o chefe pretende deixa-lo viver por mais quanto tempo? – O barbudo parecia impaciente.
 - Langdon, não seja tão estressado. Um hóspede destes pode nos servir muito bem quando estiver nas devidas condições. – O de cabelos negros apoiou suas mãos nos ombros de Langdon – o barbudo – e soltou um olhar malicioso em seguida. – Ou... nós o vendemos como um escravo condenado.
 - Essa sua mania de vender pessoas sempre me dá arrepios, Lavender. Mas já vou avisando: se ele ficar aqui por mais uma semana sem fazer nada, eu juro que o corto em pedaços e jogo ao mar.

 Nesse instante, Anabelle sentiu o rosto ficar vermelho de raiva. Seu avô poderia ser morto a qualquer momento, mas não era tarde demais. Ela e Grakas empunhavam duas espadas poderosas e tramavam um plano básico de ataque surpresa.
  Os três homens andavam pela cabana – um deles parecia arrastar uma bola de ferro presa a uma corrente, pois fazia um barulho alto e que tilintava – indo em direção a cozinha. O avô de Anabelle pareceu ter acordado com o barulho.

 - É bom que o velho tenha acordado. Quero dar trabalho para ele. – Afirmou Langdon, com uma expressão perversa.
 - Preocupe-se menos com o velho e preste atenção. Tem mais alguém aqui. – Subitamente, houve um silêncio – talvez porque o único dos três que ainda não tinha dito nada resolvera compartilhar palavras, mas também estava claro que Grakas e Anabelle haviam sido descobertos. A batalha estava para começar.

 Em uma fração de segundo, um dos três correu para os fundos e recebeu um belo chute no rosto. Grakas estava a postos para o próximo. Quem havia levado o chute era Lavender, os cabelos negros chacoalharam numa tentativa de esquecer a dor. Logo ele meteu os punhos contra Grakas, que tentou rebatê-los, porém não conseguiu escapar de um soco que levou na testa.
 Langdon olhou com desprezo a cena e resolveu ajudar o “companheiro”, chutando a barriga de Grakas sem piedade. Este caiu, porém encaminhou a espada que segurava para perto de seus oponentes, que se afastaram.

 Uns pingos de sangue saíam da cabeça de Grakas, mas ele não havia notado. Levantou-se rapidamente, ergueu mais a espada e foi em direção ao barbudo Langdon e rasgou-lhe um pedaço da camiseta escura. Ele fitou a expressão vazia do terceiro homem – o “mudo” que estava no fim do corredor, apenas observando – então se jogou em Lavender e pensou ter quebrado algum osso dele.
 Lavender caiu contra o chão e respirou fundo, superando o fato de estar esmagado por Grakas. Quando Langdon reapareceu para contra atacar, Grakas saiu dali e por um fio o barbudo não se lança contra o próprio Lavender, por descuido.

 - Veja por onde corre, seu desgraçado! – A paciência de Lavender estava se esgotando. Langdon não se preocupou em ajudá-lo a se levantar, principalmente depois daquele “gentil” elogio.

 Apesar dos ótimos reflexos, Grakas estava em desvantagem, pois eram dois contra um. Entretanto, o que mais o preocupava era o outro que estava de pé, assistindo tudo com uma cara nada impressionante. Aliás, se não fosse o tédio, aquele poderia ser considerado um homem preocupante.

 -Temos mais uma visita. – E de novo sua voz surpreendeu a todos. Tinha um tom de riso esnobe, mas ponderado por uma seriedade macabra.
 Anabelle gelou imediatamente. Ela manteve-se atrás das caixas desde que Grakas a pedira para ficar ali. Segurava a espada com as duas mãos e tremia um pouco os ombros.

 Eles nos descobriram muito rápido. Talvez esse plano não tenha sido muito bom.

Antes que ela pudesse agir, houve um rangido no chão do cômodo e conseguiram achá-la. O homem que pouco dizia se aproximou a passos curtos, os olhos piscando lentamente numa expressão de sono. O surpreendente é que ele tinha uma esfera de aço em mãos – e parecia pesar bastante.

 - Muito prazer, moça. Posso lhe dizer que é um orgulho para a senhorita que esteja a meus cuidados a partir de agora. – Ele soltou uma gargalhada – Está aos cuidados de Paswell, afinal.
 - Não tenho tempo pra você. – Anabelle ergueu a arma com rancor e atirou-se ao inimigo. Paswell rebateu o ataque com sua incrível esfera de aço, girou seu corpo rapidamente e mostrou um riso zombeteiro.
 - Terá de fazer melhor que isso. – Ele soltou a esfera – que arrancou lascas do chão – e andou até Anabelle.

 Ela cerrou um punho e se aproximou dele com a espada novamente, os olhos flamejantes de ódio. De novo, seu ataque fora surpreendido pela boa esquiva de Paswell. Ela não estava bem naquela batalha.
 Enquanto isso, Grakas passava maus bocados enfrentando dois guerreiros – o barbudo manco Langdon e Lavender, com seus cabelos embaraçados – e não havia como contra atacar. 

 Se ao menos eu pudesse garantir a segurança de Anabelle, então eu os atrairia para fora e poderia fazer movimentos mais amplos para nocauteá-los.

 A cabeça de Grakas girava em meio a seus pensamentos agitados de fuga. Lavender cuspiu sangue e agarrou os cabelos de Grakas, o rancor deixando-o com a pele avermelhada.

 - Sem tempo para contra atacar, seu verme! – Um chute no peito de Grakas, seguido de um empurrão. Lavender satisfez-se ao ver o guerreiro destruído no chão. Langdon – que nada pudera fazer para se “divertir” junto de Lavender, por este estar cego de ira – só olhou e ficou deprimido.
 - Fácil demais. Venha, Lavender... vamos ver o que o Paswell conseguiu.
- Tomara que saiba cozinhar. Não aguento mais aquele velho fazendo a comida! – Eles se afastaram aos poucos de Grakas, dando-o por desacordado e inútil. Mas estavam errados.

 Ótimo. Esse era meu único plano. Preciso fazer alguma coisa rápido e inverter essa situação.

  Enquanto isso, Paswell se divertia correndo atrás de Anabelle como um animal caçando sua presa. Ela estava nervosa, e tudo piorou quando ouviu mais passos.

 Grakas... ele foi derrotado. Tudo depende de mim agora.

 Ela semicerrou os olhos, procurou o máximo de coragem e saiu de trás das caixas. Suas mãos vibravam e tudo o que ela via eram alvos – três grandes alvos que se moviam como serpentes.

 - Olha só quem resolveu aparecer... – Lavender brincava com seus anéis dourados da mão esquerda - talvez um roubo antigo.
    - O velho faro de Paswell nunca erra – Langdon ergueu o dedo e apontou para a jovem – Ele sempre fareja as mais bonitas. – Muitas gargalhadas envolviam o ar.

  - O que estão fazendo aqui? E aquele marmanjo? – Paswell olhava indignado para seus dois comparsas, a voz gelando a atmosfera.
 - Relaxe, velho Paswell. Ele está no lugar que deveria... o chão.
   - E o que te faz pensar que ele não vai acordar a qualquer minuto, seu palerma?
   - Acalme-se, velho. – Começara ali um teatro com muito escárnio – Alguma vez alguém se recuperou dos meus ataques em tão pouco tempo? Hah, você me subestima.

 Lavender olhou de relance para Paswell. Ambos se odiavam imensamente quando o assunto era a habilidade de luta de cada um. Por isso decidiam presas distintas durante as batalhas. Langdon vigiava os movimentos de Anabelle – apesar dela se mexer o mínimo que podia.

 - Está ficando tarde, cavalheiros. Sugiro que nos livremos do homem e capturemos essa linda jovem, sim? Como o Lavender sempre diz – Langdon sorriu tenebrosamente ao imitar Lavender – “Um escravo a mais é o lucro que sempre pedimos”.

 - Ele está certo. – Lavender urrou – Vamos levá-la conosco, o chefe vai adorar um outro escravo de bônus.
 - Vocês estão muito calmos. – A respiração de Paswell começava a se exceder. Logo, ele bufava de ódio. – Não percebem que aquele homem não está mais aqui?! Seus cretinos!

 Numa reviravolta, Anabelle é guiada para a saída por meio de sua confiança em Grakas.

 Ele não foi derrotado. Posso calcular claramente qual deve ser seu plano. Desculpe, meu avô, mas vou fugir por enquanto.

 Ela, então, aproveitara o descuido dos três e pulou para fora com esperanças de que pudesse prever as atitudes de seu parceiro.

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