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O blog O Incrível Conto Splendoor foi criado em 12/10/2009 por Zizibs.

Este conto partiu da ideia desta quando combinou escrever uma história no PC com personagens retirados da imaginação de outras pessoas (a maioria delas se encontra no xat do animerda/otakudificador).

As fichas dos personagens encontram-se no tópico "Fichas" na comunidade do conto. Já existem 20 personagens inventados, por isso as inscrições foram canceladas, para não sobrecarregar o trabalho que é narrar a chegada de todos à trama principal que é a busca por uma porta lendária que transforma a vida de quem a atravessa para melhor, como assim dizem.

Espero que divirtam-se com a leitura e continuem visitando o site!

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17/03/2010

O Incrível Conto - Splendoor #28

Ilha Road Trap, ano 3802, dia 31, 08h38min



 - Onde ele está?  Correndo sem rumo, Anabelle procurava por Grakas. Ela olhou ao seu redor e percebeu os três homens chegando. – Apareça!

 - Ora, ora... – Paswell riu – Donzela, se me permite... diria que ele a abandonou. É mesmo uma pena, mas que bom para nós.

- Ele não fez isso. – Ela mordia os lábios delicadamente, estava impaciente, mas também estava morrendo de medo.

 - Paswell, dê logo um fim nela! Se não eu darei! – Lavender fitava o homem da esfera de aço gigante. Eles pareciam fuzilar-se com os olhares.

- Parem com essa guerra desnecessária, vocês dois. – Langdon afastara os dois e olhava para Anabelle como se ela estivesse causando toda a discórdia entre eles. – Eu devia saber que as mulheres nos fazem brigar feito idiotas.







 Ali perto, Grakas escondia sua presença em meio às árvores por onde passara no dia anterior. Sua atenção era toda para si, pois ele vinha tentando invocar objetos para seu plano. Ele não conseguia pensar em nada efetivo enquanto ouvia Anabelle gritar. Ela parecia estar enfrentando todos eles sem nenhum plano, mas aquilo não podia durar.



 - Dos caminhos mal feitos entrego essa oferenda, meu desespero pela força e minha inconsciência pela cura. Vinde agora para aquele que te selara! Shuya!



 De repente, o vórtice de invocação é mais uma vez aberto e de lá um vulto esgueira-se para a grama. Seu corpo é macio, com pelos tingidos em azul e algumas partes brancas. Os dentes pequenos, mas afiados, assim como as pequenas garras, mostravam um predador aparentemente fraco.

 Grakas encostou-se ao animal e o acariciou como se não o visse há anos. O animal respondeu com um urro melancólico e mostrou seus olhos prateados.

Shuya, a raposa das montanhas que Grakas possuía, seria uma ótima arma contra Paswell e sua gangue.



 - Escute, Shuya, preciso de um favor seu. – Grakas dizia ao animal tudo o que devia ser feito. Eles pareciam entender-se completamente.



 Enquanto isso, Anabelle enfrentava sozinha os inimigos. Ela avançou várias vezes, mas eles se esquivaram e Paswell tomou a liderança de ataque. Sua esfera fez o chão tremer forte e ela caíra. Lavender tomou a espada de suas mãos e riu cruelmente dizendo o quanto ela seria uma boa escrava.



- Droga. Quando o Grakas voltar...

- Eu não acredito, ela ainda está esperando por ele?

- Heh, ela está cega. Seu herói não está mais aqui... então por que não para de reclamar e se rende logo?

 Anabelle já ia abaixando a cabeça num sinal de rendição, mas um vulto vindo em sua direção a anima imediatamente e ela se levanta.

- Eu não disse que ele ia voltar? – Ela estava confiante novamente, apesar de saber que Grakas podia estar gravemente ferido. Mas ela confiava nele.



 Entretanto, quem chegava ali não era Grakas, mas sim o avô de Anabelle. Ele vinha com as correntes pesadas, cada passo mais difícil que o outro. Sua respiração também não estava boa. O quanto ele estava machucado? Ou melhor, como ele estava consciente com todos aqueles ferimentos semicicatrizados?



- Avô... o senhor... – Anabelle perdera toda a pose para cair em lágrimas. Seu avô apenas fez um movimento nas sobrancelhas peludas e caiu de joelhos.

- Soltem-na. Sou eu quem paga o preço das dívidas. Ela não tem nada a ver com isso.

- Ora, ora, Langdon... veja só quem resolveu nos visitar...

- Lavender, vamos colocá-lo em seu devido lugar. Esse velho tem muita força de vontade para sobreviver sem água e com o mínimo de comida.

- Certo, certo.

- Parem! Não o levem! Meu avô... – Anabelle suplicava – Podem fazer o que quiserem comigo, mas, por favor... – Ela soluçou e cobriu o rosto com as mãos – Não o machuquem mais.

- Lamento, donzela. Seu avô quer ficar conosco. E pelo visto vocês querem viver juntos como antes. Por que não levarmos os dois então? Isso resolve. – Paswell via tudo calmamente e soltou sua esfera de aço para pegar Anabelle pelos braços. Ele alisou seus cabelos e os cheirou. - Esses cachos serão uma boa mercadoria.



 A moça então começou a acreditar nas palavras daqueles homens. Grakas realmente fugira ferido, procurando salvar a si mesmo. Ela não o conhecia, afinal. Anabelle se achou a pessoa mais ingênua do mundo e perdeu as esperanças de ser resgatada. Seu avô estava à beira da morte e mais uma vez estava inconsciente por cansaço.



 Atraia-os para o mar. Leve eles até lá, Anabelle. Rápido.



 De repente, o coração de Anabelle quase salta pela garganta. Ela podia ouvir a voz de Grakas. Ele parecia bem, e tinha um plano. Mas daonde  vinha sua voz?



 Atraia-os para o mar de algum jeito. Conto com você. Vou salvar seu avô, eu juro.



 Ela não tinha mais dúvidas: a voz de Grakas vinha de sua cabeça. Por um momento ela pensou estar ficando louca. Foi quando se lembrou da técnica de Grakas. Certamente ele usara um de seus objetos mágicos para conversar com ela deste jeito peculiar.

 Enfim, tudo estava nos eixos para o plano fluir. Ela só tinha de bolar o que dizer para levar todos até o mar onde ela e Grakas haviam embarcado.



- Espero que saiba cozinhar, donzela. E que tenha coisas mais valiosas para nos oferecer do que essa arma fajuta. – Lavender deu um tapinha nas costas de Anabelle, o que a aborreceu muito.

- Na verdade, senhores... – ela engoliu em seco e respondeu a primeira coisa que podia pensar – Quando eu e o guerreiro viemos para esta ilha, logo quando fomos encostar o barco, nós vimos algumas pedras luminosas abaixo d’água. Como estávamos com pressa, não peguei nenhuma, mas garanto que ainda estão lá, esperando para serem descobertas. Elas devem valer muito. – Se eles iriam cair nessa ou não, nem mesmo ela sabia. Tudo dependia da ganância deles.

- Duvido. Quando chegamos aqui não tinha nada disso.

- Mas ela veio pela floresta. – Paswell disse. – Seu cheiro forte ainda vem de lá.

- Seu anormal. Mas está certo, ela veio pela floresta, e nós não. Pode ser que a moça não esteja nos enganando. Lavender, leve o velho.

 Lavender resmunga baixinho, mas não para de sonhar com a fortuna submarina.

- O nosso chefe vai ficar mais que satisfeito com isso.

- Lavender, pense grande... essa é a nossa chance de montarmos nosso próprio negócio! – Langdon cobiçava ferozmente. – Nunca mais trabalharemos para ninguém!

- Isso soa bem, até. – Lavender ajeita o cabelo como se fosse alguém importante.

- De qualquer modo... mantenham a guarda. O cheiro do mar confunde qualquer outro cheiro.



 Bingo. Essa era a intenção de Grakas. A água meio tóxica do mar era demais até mesmo para Paswell, um predador e tanto. Uma vez que estivessem sem vantagens, eles não teriam chance de ganhar.

 O caminho até o mar foi lento, mas decisivo. Anabelle imaginava o que aconteceria na sequência, qual seria a reação dos inimigos e se perguntou sobre a segurança de seu avô durante a batalha.



 Tudo será bem rápido, eu espero. Eles roubaram minha espada, minha adaga e também amarraram minhas mãos. Grakas, agora eu conto com você, meu guardião.



 Logo que chegaram, Langdon e Lavender dirigiram-se para a água e procuraram pelas tais preciosidades. Paswell vigiou Anabelle de perto, até ouvir um barulho. Um animal, talvez, se aproximando a passos curtos e leves.

 Era Shuya. A raposa dançava entre as árvores próximas e fitava Paswell como quem ameaça. Imediatamente, o homem corpulento andou até o animal de aspecto raro, imaginando se era ou não real.

 Anabelle ainda estava amarrada, mas como ninguém a vigiava, ela se libertou rapidamente das cordas. Quando olhou para o mar, Lavender e Langdon haviam sumido. Não, eles estavam ali, mas seus corpos estavam mergulhados no mar e boiavam sem se mexer.



 Eles sabiam que era água tóxica. Por que se aproximaram tanto?



 - Eles foram enfeitiçados. – Grakas surgira de trás das árvores, o corpo ainda ferido, mas com alguns curativos. – Desculpe pela demora, moça.



 - Grakas! Você está vivo! – Anabelle estava atordoada, mas mostrava seu sorriso.

 - Desculpe por te preocupar, Anabelle. Mas tudo voltou ao normal. Vou pegar o seu avô e então nós sairemos daqui. – Grakas estava sério e seus cabelos estavam molhados. Anabelle sentiu-se enfeitiçada por aquele homem.

 - E o Paswell? – Ela lembrou – O que era aquele animal?

 - Ele deve estar inconsciente a esta hora. Shuya é um animal perigoso, mesmo não parecendo. – Com o avô de Anabelle em suas costas, Grakas parte em direção a canoa que eles usaram.

 - Grakas... muito obrigada, de verdade. Estou um pouco envergonhada...

 - Por que? – Ele indagou enquanto a puxava para dentro da canoa.

 - Como pode ver, eu e meu avô não temos dinheiro. Então... não sei como posso resolver sua missão se não posso pagá-la.

 - O que? Isso não é importante. – Grakas segurou nos ombros de Anabelle e sutilmente a olhou nos olhos – Achou que eu estava aqui por causa do dinheiro? Eu já teria te abandonado, não acha?

 - Então... por que...?

 - Dois motivos bem simples. Eu sou contra tudo o que esses caras fizeram com o seu avô por causa de dívidas e também... eu me interessei por você, Anabelle.



 Em uma cena de perfeito romantismo, Anabelle sente o rosto corar, então fica de costas para Grakas, para que ele não visse as lágrimas que vinham. Ele apenas pôde ver ela suspirando alto, rindo talvez... não, estava realmente rindo. Ela ergueu a cabeça, olhou os céus e só depois voltou a olhar Grakas.

 - Você me fez feliz de muitas formas diferentes. – Anabelle segurou a mão livre de Grakas e, juntos, eles guiaram o caminho de volta para o País de Koppe.

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