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12/10/2009
O Incrível Conto - Splendoor #02
14:44 | Escrito por
Zizibs |
País de Enfer,ano 3802,dia 12,08h23min
Um jovem Taoísta estava sentado numa das rochas imensas da fronteira com Amarantis. Ele parecia entediado, e experimentava jogar pequenas esferas de fogo roxo no penhasco da fronteira. A distância de lá até o chão era de mais ou menos 106km, e Holy Fire não conseguia ouvir nenhum barulho das esferas explodindo no final. Por mais que olhasse de lá de cima, não havia nada para ser enxergado se não poeira causada pelos fortes ventos da região montanhosa de Enfer e Amarantis.
Estes dois países possuíam algumas rixas no passado, mas atualmente cada qual se concentrava nos próprios produtos para exportação. Enquanto Enfer produzia a maior qualidade em tecidos, Amarantis era famosa no continente todo pelo poder bélico ali instalado desde a invasão dos Herggs em 2638. Ambos os países tinham seguido rumos muito diferentes em pouco tempo.
106km abaixo de onde Holy Fire estava sentado passando o tempo com uma brincadeira perigosa, Cecille D'Montaigne descansava de uma corrida em duas rodas da qual ela participara durante 4 horas sem parar. Tudo o que ela mais queria era um banho em água fervente, como sempre, para acalmar-lhe as tensões. Porém, sua paciência estava sendo testada, à medida que presenciava a nova queda de esferas roxas flamejantes vindas do céu e causando pequenas explosões ao seu redor. Nervosa,ela decidiu subir toda aquela rocha atrás do culpado.
- Droga – resmungou - essa rocha está íngreme demais para eu subí-la de moto. - Cecille revirou os olhos sem paciência e pensou que daria mais certo se ela tentasse acertar o alvo com suas pistolas de balas preciosas.
- Pode dar certo, assim eu não preciso me encontrar com ninguém indesejável e acabo com essa irritação.
Ela mirou para onde achava que o culpado poderia estar e contou até três. Um, seus olhos se apertavam ao máximo. Dois, a névoa de poeira não parecia ser problema para se acertar o alvo. Três, a bala da pistola já devia ter atravessado o crânio de quem estivesse lá em cima.
- Se tinha alguém lá, eu com certeza o peguei. E se o peguei, ele pode cair aqui a qualquer momento. - Cecille esperou, mas um minuto se passou e nada caíra, nem mesmo um pingo de sangue.
- Estranho, ninguém apareceu... - ela passou a mão direita na cabeça, num conhecido movimento de dúvida, mas tratou de entrar em posição de combate de novo, ao notar que estava sendo observada.
- Quem...? Saia logo daí! Eu sei que está escondido!
- Oh, você me pegou. - disse Holy Fire sem tremer um músculo. Ele era mais baixo que Cecille, mas era um garoto aparentemente forte, o qual não podia ser subestimado.
- Acho que a senhorita está procurando isto aqui. - Holy Fire ergueu seu braço esquerdo e mostrou entre o polegar e o indicador que ele estava com a bala de Cecille bem ali, o tempo todo.
- Escuta, eu não quero confusões com o povo daqui, mas...
- Isso é ótimo. - Interrompeu Cecille. Apesar da aparência feminina, essa pessoa era enérgica e não agüentava conversas sem sentido. Ela deu as costas para Holy Fire e disse para seguir em frente com sua vida.
- Farei isso sim. - Holy notou a impaciência de Cecille em escutar o que os outros tinham a dizer e exclamou:
- Quero te seguir. - Logo depois, Holy deu um sorriso cínico, pois ele parecia saber que Cecille não simpatizava com aquilo.
- A menos que queira virar um capacho cheio de tiros pelo corpo, sugiro que volte para a cama, nenêzinho de Enfer. O mundo é cheio de perigos para que tolos como você nunca pisem nele. - Os punhos fechados de Cecille expressavam sua capacidade para inferiorizar os outros com facilidade.
- Eu não tenho medo de um mundo imprevisível, eu tenho medo de um mundo interminável como o tédio que sinto todos os dias. E eu pretendo te seguir para descobrir onde se encontra o limite do mundo. - Holy possuía uma chama peculiar de determinação nos olhos, e parecia mais homem do que há cinco minutos atrás.
Mesmo assim, a reação de Cecille não foi diferente:
- Eu trabalho sozinha, e vou para a torre de Gaovia sozinha. Cecille enganou Holy com as palavras enquanto carregava a arma friamente com mais uma daquelas balas poderosas em uma das pistolas.
- Bala explosiva! - O tiro acertou em cheio o peito de Holy Fire, e ele caiu de joelhos. O efeito da bala explosiva consistia em explodir tudo num raio de 2 metros . Isso fez com que Cecille evacuasse do local rapidamente. Ela partiu sem olhar para trás e repetiu a si mesma:
- Vou encontrar a Splendoor, e assim finalmente nos reencontraremos, Zeto!
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2 comentários:
Noooooo, acorda Holyyyyy, ti amuuuh <3 *apanha
Cecille é f0da, faley. :3