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O blog O Incrível Conto Splendoor foi criado em 12/10/2009 por Zizibs.

Este conto partiu da ideia desta quando combinou escrever uma história no PC com personagens retirados da imaginação de outras pessoas (a maioria delas se encontra no xat do animerda/otakudificador).

As fichas dos personagens encontram-se no tópico "Fichas" na comunidade do conto. Já existem 20 personagens inventados, por isso as inscrições foram canceladas, para não sobrecarregar o trabalho que é narrar a chegada de todos à trama principal que é a busca por uma porta lendária que transforma a vida de quem a atravessa para melhor, como assim dizem.

Espero que divirtam-se com a leitura e continuem visitando o site!

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12/11/2009

O Incrível Conto - Splendoor #15

País de Harrington, ano 3802, dia 26, 18h24min

 Dando passos largos e às vezes saltando entre um galho e outro, Yume estava determinada e com pressa. Seu olhar reservara-se somente para baixo da floresta, onde inimigos poderiam aparecer subitamente. Por sorte, ela não teve complicações e seguiu tranquila para onde sua visão a levara mais cedo.         
 BellForest estava para trás agora, e a menina sorriu um segundo. Ela então recuperou o fôlego e começou a andar para frente de novo, naquela terra meio arenosa e seca, que em tudo lembrava um antigo campo de guerra.
 Quanto mais andava, mais a garota sentia a atmosfera pesando em torno de si, e logo ela percebeu que os Rokis estavam por perto.





 Por outro lado, Kamiro e Rebecca continuavam a mirar para Annie pensando em tirá-la de seu cativeiro. Kamiro recuperara um pouco seu fôlego e segurava o cajado em sua mão. Ele pensou nas paredes ao redor de Annie.
-E se nós cavarmos? – Seus olhos estavam puros e brilhantes.
-Não acha que essa barreira cobre muito mais do que só este lado? – A expressão séria de Rebecca dava a entender que aquela tinha sido uma ideia idiota.
-Devíamos ao menos tentar isso. – Kamiro levantou-se do chão onde estivera sentado, pensando, e colocou o cajado em pé apoiado numa das paredes.                  
 Então ajoelhou-se e esticou os braços, dobrando as mangas bem próximas aos ombros. Com um movimento nas mãos, deu início ao seu raciocínio usando os dedos para cavar.

-Isso está certo mesmo? Ainda acho que é uma perda de tempo. – Rebecca continuava a negar aquele plano que não usava magia nenhuma. Ela pensava seriamente que Kamiro era apenas um moleque.
-Eu me lembro bem de suas palavras... – Começou Kamiro com um tom alegre – Você mesma disse que me ajudaria. Não se lembra disso?

 Rebecca mordeu os lábios e pareceu irritada. Então sacou uma de suas adagas e a atirou para perto das mãos sujas de terra de Kamiro. Ele levou um susto, mas logo agradeceu a “ajuda”.
-Vai servir, não vai? – A garota olhava impaciente para Kamiro, que resolveu não forçá-la ainda mais a ser amigável. Logo, ambos ficaram em profundo silêncio. Rebecca, então, resolveu finalmente se sentar e esperar Kamiro desistir daquele plano.

Onde eu estava com a cabeça? Ajudar uma criança dessas... Ele não faz ideia de como tirar essa tal maga daí!

 -Passaram-se uns quinze ou vinte minutos desde que eu te emprestei aquela adaga e mesmo assim você não chegou nem a metade da profundidade. Tem certeza de que é assim mesmo? – Rebecca estava apoiada em uma parede e quase cochilava.
-E de que outro jeito é possível tirá-la daí? Eu não sabia que haveria uma barreira anti-magia assim! Só achei que ela fosse limitada. – Kamiro parecia apreensivo, e não gostava do jeito que a estrangeira lhe tratava.
-Não posso dizer que não está tentando. Mas cavar não é a solução!
-E o que mais eu posso fazer? – Todo aquele discurso fizera Kamiro cansar-se mais, e seus olhos viraram-se de novo para Annie. – Ela é nossa última esperança...

 Um pouco longe dali, uma figura aparecera dentre a escuridão. Seus cabelos dourados reluziam contra o fogo da tocha que segurava e Kamiro pareceu reconhecer aquela imagem, mas era apenas coisa de sua cabeça.
-Quem é você? – Naquele momento Rebecca e Kamiro compartilharam da mesma dúvida.
-Sou... uma moradora deste país, e vou ajudá-los a soltar Annie Charlotte Harrisen daí! – Yume mostrou um sorriso doce que só ela conseguia fazer em tempos como esses. Ela segurou o medalhão contra o peito e se aproximou da barreira.

-Espera, qual o seu nome?É mesmo de Harrington?Como ninguém nunca te viu aqui antes? – O cansaço de Kamiro parecia ter cessado, visto que ele gesticulava sem parar. Estava muito confuso.
-E como você passou pelos Rokis? – Por um instante Rebecca acreditara que Yume, que não tinha um físico intimidador, teria derrotado todos os inimigos lá em cima.
-Eu conto tudo, só me deem um minuto. – A garota sentou-se no chão, próxima dos dois. Ela respirou fundo e fechou os olhos. Quando os abriu de novo, notou os olhares reservados só para o semblante dela e então soltou um riso.

-Parem de fazer essas caras engraçadas, assim eu não consigo me concentrar! – Yume soltou mais risos e os dois entreolharam-se. – Tudo bem, posso mostrar-lhes agora o meu passado...
 Kamiro e Rebecca ficaram apreensivos quando Yume disse que “mostraria” a eles o passado dela. Então Yume pediu que esticassem o braço, o que Rebecca demorou um tempo para fazer, já que era bastante desconfiada.
-Eu entendo que você não sabe o que pensar de alguém como eu, mas eu garanto que não te fará mal algum.
 A estrangeira de Granchea solta um pigarro e faz uma careta, então estica o braço ao lado do de Kamiro, já nessa posição desde o começo. Yume pega as mãos deles e as põe sobre o seu medalhão com formato de lua.

 Em instantes, o ar fora coberto por uma densa névoa e pegou os dois de surpresa. Eles agora viam a realidade de Yume, quando esta presenciara a morte dos pais, a guerra em Harrington com todo o extermínio causado pelos Rokis e também o plano maléfico de Guillaume para obter a imortalidade.
 Quando voltaram a si, Rebecca e Kamiro suavam frio e olhavam espantados para frente.

-Está tudo bem agora, afinal tudo isso já aconteceu... e está na hora de nos concentrarmos no futuro! – Mesmo com toda aquela viagem temporal e as lembranças tristes que Yume revivera, ela parecia feliz e queria dar a volta por cima de uma vez por todas. E foi isso que iluminou a mente de Rebecca e Kamiro.
-Eu sei como tirar a Annie daí! – Yume jogou os cabelos de lado e retirou seu medalhão escuro com um desenho de uma meia lua dentro. Sua afirmação deixara Kamiro surpreso e mais confiante.

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