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15/11/2009
O Incrível Conto - Splendoor #16
País de Harrington, ano 3802, dia 26, 19h37min
-E como você pretende tirar essa maga daí? Quero dizer... eu e esse menino estivemos tentando de tudo, mas nada aconteceu. – Rebecca olhava para Yume afirmando os fatos e não percebera que Kamiro olhava para ela com uma expressão de raiva.
Ela não fez questão nenhuma de me ajudar antes e agora vem dizer uma coisa dessas?! Quem ela pensa que é?
-Não precisa se preocupar, embora você não esteja aqui para ajudar desde o início. O meio de tirar Annie daí é impossível para pessoas normais, sendo que nem mesmo Guillaume poderia tirá-la daí. É preciso um destes aqui... – Yume, que estava com o medalhão em mãos, o mostrou para os dois.
-Sobre esse medalhão... eu estou em dúvida... ele tem o poder de cancelar magia e mostrar lembranças?
-É um instrumento, praticamente uma “varinha reserva” para magos. Somente quem tem esse medalhão são os imortais. – A voz de Yume estava pesarosa ao contar isso aos dois, e ela baixou a cabeça um instante.
Acordou.
Os braços e pernas pareciam pesar. Sua cabeça estava girando. Quanto tempo se passou? Será que aquele corpo ainda podia se mexer? Pelo jeito com que a mão tateava aquele chão duro e escuro de terra, sim.
Os olhos se abriram. A respiração mudou de tom. Percebeu os cabelos desgrenhados e tratou de tirá-los da frente. Foi levantando lentamente, o pequeno corpo parecia sobrecarregado e os músculos estavam problemáticos.
Houve certa dificuldade para respirar fundo, mas o fez. Então virou-se para o outro lado, onde ficava aquela parede transparente levemente azulada. Espanto. O que algumas crianças faziam ali? Quer dizer que Harrington ainda tinha sobreviventes?
Annie Charlotte Harrisen podia ouvir a conversa deles mesmo estando na barreira. Ela olhou para o menino de trajes e cabelos vermelhos.
-Mas... isso quer dizer que a Annie... ela também tem um medalhão desses?! Por que ela não o usou como uma “varinha reserva” contra Guillaume? – Kamiro ainda não havia percebido que a maga havia acordado.
-Eu não podia arriscar perder tudo, garoto. – Annie estranhara um pouco sua voz meio grossa, mas achou que logo se acostumaria a viver de novo. –E quem são vocês três?
-Vamos te salvar. – Yume só precisou mostrar o que tinha em mãos para que Annie entendesse tudo, embora estivesse espantada com a aparição de um novo imortal.
-Certo. – Annie preparava-se para retirar seu medalhão, mas Yume não a esperou e foi logo para a barreira.
A meia lua de Yume tocou a superfície da barreira anti-magia, e Kamiro se perguntou o que aconteceria a seguir. Então, o corpo de Annie foi brutalmente jogado contra a barreira. Ela esperava por isso, pois o medalhão agia como um imã quando estava perto de outro medalhão. Kamiro soltou um riso quando percebeu o rosto de dor de Annie contra a parede e no mesmo instante abafou a graça.
-D-d-desculpe! Eu... não fazia ideia de que isso aconteceria! – Yume estava toda atrapalhada e seu rosto ficava cada vez mais rosado a cada “desculpe!”.
O encontro dos dois medalhões lembrava mesmo dois imãs de pólos opostos que se juntam. Depois de uns segundos, houve uma “quebra” na barreira. Os medalhões voltaram para suas donas e via-se um Sol muito amarelo desenhado no medalhão de Annie. A maga, que estava no chão, percebeu que Yume estendera-lhe a mão para ajudar a levantá-la.
-Você está livre agora.
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