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O Splendoor agradece.
19/11/2009
O Incrível Conto - Splendoor #18
País de Harrington – BellForest, ano 3802, dia 26, 20h33min
A noite na floresta de Harrington era pacífica, apenas alguns bichos voltando para suas tocas depois de um dia de caça por alimentos. O céu estava marinho e reluzia nos medalhões das imortais que atravessavam pelas árvores dando saltos.
O problema com o corpo de Annie havia sido solucionado pela magia usada por Yume, que possuía como atributo do medalhão um significativo aumento de poder de cura. Elas agora seguiam calmas para frente e aproveitavam aquele tempo para conversar entre si.
-O Guillaume fez algo para você?
-Ainda não. Mas em breve fará. Ele tem completa noção das minhas habilidades.
-Naquele tempo ele tentava de tudo para me capturar e nunca conseguia. Suponho que achar você, a imortal mais recente, deve ter dado bastante alegria para ele.
-O que você sabe sobre ele, baseado na época em que viveu?
-Eu sei que ele almeja a vida eterna, que não é lá grande coisa... mas além disso... havia um plano dele que achei muito perigoso.
-Qual?
-Caso ele não conseguisse a eternidade, Guillaume Torselli pretendia chegar até a Splendoor. – Annie cerrou os olhos durante alguns segundos. Ela pensava no mito que era Splendoor, um mito mortal.
-Splendoor? Ele... iria tão longe assim?
-Sem dúvidas. Aquele mago não mede esforços para realizar os próprios desejos. Eu imagino o que ele deve estar fazendo neste momento. Como conseguiu viver por tanto tempo?
-Ninguém sabe onde ele está, mas os Rokis provam que ele está vivo e em algum lugar. Pelo menos é essa a informação que as pessoas têm. – Yume pulou mais alto que antes e atingiu o solo. Caminhou até uma clareira com Annie e elas pararam para um descanso. Apesar da cura de Yume, Annie tinha o corpo de uma criança, que tinha limitações.
-Quando recuperar minha varinha, treinarei bastante para compensar minha falta de energia.
-Isso é uma boa idéia. Annie... – Yume parecia curiosa.
-O que? – Annie repartia um pão e o comeu rapidamente, como uma criança esfomeada.
-Por que você está nos ajudando? Quero dizer... nesta era o seu nome é sinônimo de uma vilã cruel, impiedosa e maligna. Qual a razão para você ter aceitado nos acompanhar assim, sem saber direito quem somos?
A noite sem estrelas refletia apenas a Lua nos medalhões, e Annie os contemplava com tristeza. Ela riu baixinho e disse:
-Todo esse tempo presa me fez saber de uma coisa: ficar sozinha é um pesadelo do qual nós parecemos nunca acordar. Eu posso ter sido uma maga egoísta e que lutava contra o governador, mas isso não é importante agora. Uma imortal é só uma imortal e nada mais. Pensei que você tivesse aprendido isso também.
-Não é verdade. Nós ainda somos pessoas e merecemos a felicidade... do contrário, eu não teria te salvado, e você não poderia sair do pesadelo. Se está aqui para ficarmos quites, tudo bem então. – Yume mostrou um sorriso simples e pensou ter dado um pouco de alegria para Annie.
Annie olhava para o céu, para onde ela queria estar. Percebeu que estava chovendo em todo o seu rosto. As lágrimas foram a última coisa de que ela lembrou, então dormiu ali mesmo. Yume aproveitara o descanso para ajeitar-se ao pé de uma árvore gigante e encostou-se lá, apoiando a cabeça de Annie em seu colo.
Os cabelos dourados das duas eram mesmo parecidos, mas os de Annie brilhavam mais. As duas poderiam ser confundidas com anjos por qualquer um que passasse ali. Eram anjos amaldiçoados.
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1 comentários:
ta perfa! *-* \o/