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O blog O Incrível Conto Splendoor foi criado em 12/10/2009 por Zizibs.

Este conto partiu da ideia desta quando combinou escrever uma história no PC com personagens retirados da imaginação de outras pessoas (a maioria delas se encontra no xat do animerda/otakudificador).

As fichas dos personagens encontram-se no tópico "Fichas" na comunidade do conto. Já existem 20 personagens inventados, por isso as inscrições foram canceladas, para não sobrecarregar o trabalho que é narrar a chegada de todos à trama principal que é a busca por uma porta lendária que transforma a vida de quem a atravessa para melhor, como assim dizem.

Espero que divirtam-se com a leitura e continuem visitando o site!

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29/12/2009

O Incrível Conto - Splendoor #25

País de Koppe, ano 3802, dia 30, 11h28min

 Um bando de pardais sobrevoava o céu claro da manhã. A grama do caminho estava encoberta em orvalho mesmo agora, causando um sentimento de felicidade em Grakas Fletcher. Ele ergueu o punho e fez um sinal de satisfação.





 -Bom! O tempo está ótimo! – O rapaz fez uma expressão de quem não encontrara um abrigo decente durante uma terrível noite tempestuosa. – Levou um pouco mais de tempo do que eu esperava, mas finalmente estou em Koppe!

 A fala graciosa de Grakas é então interrompida por um barulho próximo aos arbustos à sua direita. Ele olha atentamente para o local e percebe alguns fios de cabelo reluzindo ao sol. A cor era uma mistura de ruivo brilhante com certo tom negro, que intimidou Grakas.
 -Quem está aí? – Ele tinha certeza de que era uma pessoa.

 Uma voz passa por seus ouvidos num tom chateado e misterioso:
 -Está atrasado, guardião. – Uma doce mulher aparece armada de um sorriso debochado e orgulhoso. – Andou se perdendo por aí?

 Grakas finge não perceber as insinuações, então vira-se para a moça e diz calmamente:
 -Sim. Andei pela floresta depois do vale por bastante tempo até perceber que estava perdido. As árvores são todas iguais. – Ele copiou o sorriso que via e ajoelhou-se perante a mulher.

 -Conforme o combinado, Grakas Fletcher será seu guardião e te levará para onde quer chegar. Antes de tudo, diga-me seu nome, senhorita.
 -Sou Anabelle D’Aurora e estou grata por seus serviços. Me acompanhe até o meu objetivo e será recompensado com uma farta quantia de ouro.
 -Será um prazer, madame. E para onde estamos indo? – O rapaz levantou-se de repente e olhou para os olhos indiferentes de sua nova cliente. A cor era escura, perfurava o céu com mistérios e parecia engolir a alma de Grakas.
 Anabelle abafou um riso e disse, gloriosamente:
 -Vamos para a Ilha Road Trap atrás de algumas pistas. – Então olhou para Grakas com um olhar entediado – Mais perguntas?
 -Não. Nenhuma.
 -Muito bem! Vamos correr! – Anabelle apontou a direção e Grakas a seguiu até as proximidades do porto.

  O País de Koppe fazia divisa com o País de Anfra, terra natal de Grakas Fletcher. Koppe tinha uma área significativamente menor, não obtendo o interesse de turistas e sendo melhor conhecido como um país reservado à produção alimentícia nas lavouras. Seu porto é pouco habitado, pois fora comprovado que as águas que cercam o país são nocivas aos habitantes, por conter substâncias químicas tóxicas.
 A pesca não é uma opção saudável, apesar de muitos tentarem. A taxa de habitantes vem diminuindo a cada governo, o que sempre preocupou a política de Koppe. Por consequência, sua economia é baixa e o mercado é quase improdutivo.
 Apesar disso, muitos em Koppe tentam a vida trabalhando tanto nas lavouras quanto na arquitetura, construindo cidades com grande potencial de urbanização.

 Anabelle pediu que Grakas esperasse do lado de fora. Ela entrou em sua casa, um espaço de área mediana, com dois quartos, uma sala unida a uma copa e um banheiro simples. Era uma construção avançada, apesar da vizinhança visivelmente empobrecida.
 A moça arrumava alguns pertences e voltou para a entrada de casa, trancando-a. Não havia ninguém nas ruas dali.

 -Pretende levar bagagem? – Grakas apoiara-se numa parede e cruzara os braços, fazendo aparecer seus músculos.
 A donzela o encarou com um olhar fixo por alguns segundos, ignorando sua fala.

 Anabelle D’Aurora nascera nessa pequena cidade de Koppe e nunca saíra desse lugar. Sua única família era seu avô materno, quem a protegia de tudo desde que sua família fora assassinada. Por isso, o sentimento de gratidão que Anabelle sentia para com seu avô era algo sagrado.Recentemente, seu avô sumira sem deixar nenhum aviso.
 Os cabelos dessa donzela íam até sua cintura, onde acabavam presos por um laço fino dourado. O olhar penetrante era sempre decaído, como se ela sempre sentisse sono ou como se sempre estivesse calma. Usava uma saia curta, com uma adaga presa à cintura do lado direito. Um par de botas negras estava em seus pés, assim como uma jaqueta bege por cima de sua pequena blusa, favorecendo seu físico atlético. Por último, tinha uma marca parecida com um asterisco do lado do olho esquerdo.

 Algum tempo depois, os dois passavam de canoa sobre o mar corrompido e impuro de Koppe. Por algum tempo, Anabelle sugeriu que eles prendessem a respiração ou que usassem máscaras improvisadas nas folhas que ela carregava consigo.
 Grakas recusou a máscara e rapidamente fez um movimento com as mãos. Seu rosto estava impassível e seus olhos estavam fechados, mantendo-o concentrado no encantamento.
 -Venha do portão do paraíso para a dimensão dos aprendizes, aprecia as palavras dóceis da natureza e cura seus hóspedes! Apareça! – Surge então um tipo de vórtice pequeno entre Grakas e Anabelle. Ele espera algo sair de lá e então tudo volta ao normal.

-O que era aquilo? – Anabelle indagou, perplexa.
 -Magia de invocação. – Grakas procurou responder do jeito mais simples, então ergueu um frasco. – Chamo isso de “Gotas da Purificação”, porque elas agem dessa forma quando entram em contato com qualquer elemento tóxico. – Suavemente, ele solta o conteúdo do frasco ao redor da canoa. O mau cheiro então desaparece e Anabelle fica espantada.

 -Consegui isso em uma loja perto de Aphraglio... custou caro, mas eu comprei para momentos como esse. Os fiéis guerreiros de Anfra não medem esforços para ajudar seus clientes. – Em seus lábios meio secos havia um sorriso vitorioso e cheio de charme.

 A moça olha mais uma vez ao seu redor e agradece a Grakas. Em sua mente, ela estava certa de que havia feito a escolha certa para acompanha-la até a Ilha Road Trap.

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